sexta-feira, 19 de abril de 2013

A circularidade do tempo


Penso. Logo posso escrever-lhes o que penso. No entanto nuca havia antes parado para logar - de logos: pensamento racional - sobre a circularidade do tempo. Tudo começa onde termina ou o contrário.
Essa grande roda do tempo me faz pensar sobre questões que permeiam hoje e que foram sabatinadas pelos grandes pensadores e pequenos analfabetos - no entanto não menos sábios - como por exemplo a excomunhão e o poder eclesial. É fato que tirar de um fiel a possibilidade de participar efetivamente de sua fé é transtornador, porem justo, se este não é fiel aos seus pensamentos.
O tempo roda e nos leva a caminhos nunca antes pisados e/ou muito pisoteados, a ponto de se quer sentirmos as pedras pelo caminho. Esse circulo vive inebriado de poeira e rastos. Tudo para que compreendamos que o tempo passa e volta atras com a mesma alegria com que nos feriu ou nos fez sorrir.
A tempos e tempos. O homem sabe disso muito bem, mas não foi suficiente tal conhecimento para amadurecer a sua sabedoria. Por mais hodierna que seja a sociedade mais atrasada em seu tempo ela se encontra. Contemporaneidade nesta época não passa de um palavra souta e sem significado.
Estar elem do seu presente não é destruir seus valores construídos ao longo dos anos. Ser contemporâneo é pensar com a mente de quem já viveu uma tempo. Uma época. De quem experimentou e experienciou de tudo uma muito, e não um pouco. 
O tempo é passageiro, mas de vez em quando nos embarca com a mesma bagagem. Em nossa retorica minimalista não reconhecemos aquilo que vivenciamos antes.
Póstuma é a sabedoria, ou não. Ao menos é o que tempo nos apresenta. A sua circularidade nos coloca em uma prisão. Pode ser também, que não o interpretamos e escolhemos permanecer no circulo vicioso e protegido do tempo.
Circulai-vos, pois o tempo não espera, caminha a passos não acompanháveis, ora por nossa falta de paciência, ora por nossa extrema vagareza.
                                                                                                                                                                                     por Marquione Ban

Saudades


Saudades de alguém.
Saudades de algo.
Saudades do tempo de minha infância.
De quando minha casa era enorme.
De quando eu era astronauta, super-herói.
Da imaginação.

Saudades da falta de seriedade,
do descompromisso,
das amizades,
das inimizades de alguns minutos.

Tenho saudades de alguém.
Quem será esse alguém?
Ninguém? Não.
É meu melhor tempo.
Minha melhor fase.
Onde todos eu amava.
Onde todos me amavam
e eu, simplesmente podia se eu.
Marquione Ban